segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BLU

Pra quem vive cercado por uma paisagem urbana como eu, o colorido da primavera por si só já é um enorme colírio para os olhos... imagine então um artista que tira onda de todo o cinza como se fosse folhas em branco?

Assim é Blu, um italiano de Bolonha, que utiliza fachadas de prédios e muros como seus blocos de desenho, criando figuras gigantescas! A princípio parecem imagens bem estranhas, mistura de animais e monstros.

Navegandpo pelo site, a boa surpresa são as obras feitas com os brasileirissimos Osgemeos:


Outras obras:




Os vídeos contidos no site feitos a partir de seus proprios desenhos parecem ter vida própria!

Imperdível!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

The School Of Life


A The School of Life é aquele lugar que eu gostaria de dar um pulo todos os dias para dar aquela "refrescada" necessária à mente. Mix de grandes paixões pessoais, é uma livraria e loja de pequenos gadgets também, onde, todos os dias, uma turma bem interessante se reúne para debater sobre aqueles temas que sempre rendem bons papos com amigos e com terapeutas: vida cotidiana, relacionamentos, desejos, angústias... A agenda de eventos é bem vasta, e inclui aulas semanais, cursos de final de semana, workshops e outros formatos. Tudo isso foi idealizado pelo filósofo contemporâneo Allan de Botton. Vale a pena conhecer um pouco da biografia do cara aqui.
Toda essa atmosfera super bacana trouxe seis publicações que chegaram para colorir sua biblioteca de auto-ajuda. São guias de eventos e cursos que ocorreram por lá, e abramgem tem as bastante relevantes:


How To Find Fulfilling Work por Roman Krznaric: guia prático e inovador para fazermos melhores escolhas na carreira.

How To Stay Sane por Philippa Perry: é possível manter a mente saudável com exercícios simples que estimulam a criatividade.

How To Worry Less About Money por John Armstrong: o filósofo repensa a antiga questão: "dinheiro compra felicidade?".

How To Change the World por John Paul Flintoff: podemos mudar o mundo com pequenas atitudes, sim. Basta ter coragem!

How To Think More About Sex por Alain de Botton: sexo no século 21 propõe equilíbrio entre amor e desejo, aventura e compromisso. 

How To Thrive in the Digital Age por Tom Chatfield: ex-funcionário do Google explica como manter relações saudáveis com a tecnologia.

Infelizmente, os livros só podem ser comprados na própria loja - Mas quem se importa mesmo com a comodidade do e-commerce com tanta coisa bacana pra se ver por lá, não? :)

E os créditos por transmitir a inspiração deste lugar super Manga de Soutien vão para o Blog Radar 55

domingo, 15 de abril de 2012

Check-in: Nagarkot, Nepal

Dentre as correntes com sátiras regionalistas que já vi na internet, do tipo "Você sabe que é brasileiro quando...", lembro-me claramente de um dos diagnósticos de paulistano: "Se emociona quando olha para o céu e vê estrelas"... E "meu", não é que eu tenho mesmo a clara sensação de que as noites em que eu não vi o céu encoberto eu não estava em Sampa?!
E enquanto os paulistanos vêem nuvens todos os dias de baixo pra cima, existe um povoado no distante Nepal, na cidade de Nagarkot, bem próxima da capital, Katmandu, que vê nuvens todos os dias de cima para baixo.
Com vista para o Monte Everest, as pessoas de Nagarkot, que vivem de plantio para subsistência e criação de gado, estão a uma altura de 2.200m acima do nível do mar e, todos os dias, possuem a sensação de estarem... no céu?

Créditos: Anton Jankovoy

Créditos: Anton Jankovoy
Créditos: Anton Jankovoy

O Vitor me contou que já teve essa sensação quando viajou com o ônibus Contiki pela Europa, em 2003, e hospedou-se em um albergue no Mount Pilatus, na cidade suíça de Lucerna: "é um lugar que alguns esquiadores ficam para dormir e esquiar no dia seguinte...tem um bondinho que você pega, em 15-20 minutos ele te leva até la em cima... no inverno, o tempo fecha e você fica em cima das nuvens!"
O albergue que ele ficou é este prédio redondo, ao centro da foto


 E vocês, já tiveram essa sensação em algum lugar? Já visitaram alguma cidade com esta vista?

domingo, 18 de março de 2012

Sobre incentivos (e estações de Metrô...)

Cof, Cof, Cof...
Mas quanta poeira por aqui! Já estava mais do que na hora de passar um espanador no Manga, sacudir a poeira só para deixar uma reflexão sobre o poder das palavras! Calma, este não é mais um post de auto-ajuda!


Alguém aí consegue puxar na memória os livros que leu para o vestibular? Pois então podem ser que se lembrem de  Brás Cubas, personagem de Machado de Assis, quando ainda no começo da obra, estima o número de leitores de suas Memórias Póstumas no trecho: "...O que não admira, nem provavelmente consternará, é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal*, nem cinquenta, nem vinte e, quando muito, dez. Dez? Talvez cinco..."
Foi com o mesmo realismo pessimismo de Brás que, após 4 meses de férias, esta semana resolvi consultar as estatísticas de visitas ao meu bloguinho empoeirado. Qual não foi a minha surpresa ao constatar que, seguindo a tendência do poder da internet e da blogosfera, eu tinha uma série de visitantes semanais que chegavam ao meu blog através de buscas na internet por assuntos que eu já tinha abordado aqui antes? Não me considero iniciante nessa tecnologia, mas eu achava que meus visitantes estavam restritos aos meus contatos, visto que não sou muito de visitar e comentar outros blogs, fazer propaganda do meu, tampouco de atualizar direto. Mas poxa! Sim! o guru Google, de forma subliminar, dizia: "Não desista! Tudo o que você transmite, pode impactar alguém!"


Serviço de resgate de fósseis de blogs - Google!


Pouco antes dessa garimpagem, recebo pelo messenger, em uma terça-feira qualquer, um link com uma reportagem da Revista Casa Vogue sobre as mais belas estações de metrô ao redor do mundo**, com uma mensagem: "Vi isso e achei que tinha tudo a ver com o seu blog. Por que você não posta?"...
Esta frase, somada a outra proferida em uma conversa qualquer, com a mesma pessoa***: "Eu acho legal o posicionamento do seu blog! Por que você não volta a escrever, pelo menos uma vez por semana?", surtiram um efeito no meu cérebro (e no meu comportamento) que só posso traduzir como o tal do poder das palavras, que mencionei no início deste texto. O poder de despertar ideias, sonhos, abrir portas, encurtar caminhos, de ir em frente.
Este post de hoje é só para agradecer ao incentivo que estas palavras que eu escutei me trouxeram a voltar a escrever aqui no cantinho, pelo menos uma vez por semana! Com pouco esforço, meus olhos brilharam por este espacinho aqui novamente...


E então, rapidamente, resgatei minha memória e lembrei de tantas histórias de amigos queridos que certamente contaram com palavras de incentivo para:


- Escrever um livro e publicá-lo;
- Adotar uma criança (ou duas);
- Trocar de curso na faculdade;
- Fazer uma segunda faculdade;
- Mudar de cidade;
- Desenterrar um diploma guardado por 33 anos;
- Abrir seu próprio negócio


...


Achei um trecho incrível da escritora Lya Luft, que resume bem a mensagem: "...A palavra faz parte da nossa essência: com ela, nos acercamos do outro, nos entregamos ou nos negamos, apaziguamos, ferimos e matamos. Com a palavra, seduzimos num texto; com a palavra, liquidamos – negócios, amores. Uma palavra confere o nome ao filho que nasce e ao navio que transportará vidas ou armas..."


Quem você vai incentivar hoje? 


*Stendhal:  Escritor Francês que viveu entre 1783 e 1842. Dentre suas citações, destaco: "Só existe uma lei no amor; tornar feliz a quem se ama..." ... Seja lá o que significar felicidade para cada um de nós, não é mesmo?
** A princípio eu cheguei aqui para escrever sobre as estações, mas decidi fazer esta pequena reflexão - e homenagem - mais do que justa... De qualquer forma, recomendo a visita à reportragem, as estações são verdadeiros motivos para deixar o carro em casa e andar de metrô!: http://casavogue.globo.com/arquitetura/top-10-as-mais-belas-estacoes-de-metro/
***O amor da minha vida!